12 de agosto de 2011

Em meio a tantas cores, as dores (...)


A floricultura estava aberta tarde da noite e eu fiz questão de entrar. Enfeitei a casa de flores para te encantar, mas teus olhos vendados não puderam ver a beleza do nosso lugar. Passaram-se os dias e elas murcharam feito tudo o que não é regado com amor. Colhi-as uma por uma, pensando simultaneamente em uma outra forma de te trazer de volta ao mundo. Lembrei-me das canetas novinhas guardadas ao fundo da minha gaveta, e na primeira oportunidade em que você apareceu perguntei se você não queria se pintar. Você riu de mim e disse que estava tudo bem. Triste, eu expliquei que as cores haviam sumido do seu corpo e olhar. Num pulo instantâneo você sumiu de vista, e eu não mais te vi. De repente tudo mudou. O mal sugou o seu coração, e a parte boa que há para se viver está enterrada pelos erros escolhidos no meio do caminho. Se você soubesse das coisas belas e da fortaleza que há nas escolhas puras. São tantas flores que eu quero te dar; e com tantas cores que eu quero te pintar. Mas você não deixa, você não deixa. Eu tenho tanta vida para te dar!

Thais Viotto.

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